Com a visão de proteger o meio ambiente e nutrir as comunidades locais, o Instituto embarcou em uma iniciativa de criação de peixes. A região do Alto Juruá vem sofrendo com os impactos adversos das mudanças climáticas. As secas prolongadas dessecaram rios, lagos e nascentes, prejudicando a migração dos peixes e colocando desafios significativos para as populações locais que dependem da pesca para seu sustento. Em resposta a estes desafios, o Instituto tomou medidas proactivas para contrariar a catástrofe social iminente, criando 28 tanques de peixe. Esses tanques servem como santuários para espécies de peixes nativos, incluindo Curimatã, Piau, Tambaqui, Tambacu e Tilápia.
A iniciativa de piscicultura do Instituto tem um duplo objetivo: atender à necessidade urgente de segurança alimentar e oferecer alternativas viáveis à pecuária tradicional e às práticas ilegais de pesca na região. Com planos de expandir esse empreendimento por meio de mais 80 tanques, o Instituto visa atender à crescente demanda local causada por adversidades ambientais. A escassez de peixes devido às mudanças climáticas tem afetado a capacidade das famílias de garantir uma alimentação adequada. Benki e a equipa do Instituto pretendem aliviar a fome, a pobreza e a insegurança alimentar da região através do reforço dos projectos de piscicultura.
Para o sucesso desta iniciativa, é fundamental o envolvimento de Marquinho, um técnico de piscicultura encarregado de supervisionar o projeto.
O seu papel é fundamental para garantir a produção sustentável de peixe de alta qualidade, que será disponibilizado a preços justos, permitindo que as famílias economicamente desfavorecidas tenham acesso a alimentos nutritivos durante todo o ano. Além disso, esta iniciativa constitui uma alternativa económica à expansão das explorações pecuárias, contribuindo para os esforços de conservação ambiental.
Para além do impacto imediato na comunidade do Instituto, Benki prevê uma disseminação mais ampla do conhecimento. Através de workshops técnicos e da criação de instalações de reprodução, o Instituto pretende equipar outras comunidades com as ferramentas e os conhecimentos necessários para cultivar os seus próprios alimentos de forma sustentável. Esta abordagem elimina o dispendioso transporte de cidades distantes e promove a autossuficiência das comunidades.
Fotografia de Aaron Vincent Elkaim.