No dia 27 de novembro, na sede da UNESCO em Paris, a sessão do Campus XL “Povos indígenas, guardiões da biodiversidade” reuniu cinco guardiões da floresta: Benki, Twyla Edgi-Masuzumi, Hilarion Kassa Moussavou (Mambongo), Tumursukh Jal e Mundiya Kepanga. Interagiram com 800 alunos do ensino básico e secundário de 26 escolas de Paris e arredores. Além disso, mil alunos de escolas francófonas de todo o mundo participaram através da apresentação de perguntas em linha, suscitando debates importantes sobre a preservação do nosso mundo natural.
Este encontro, realizado pouco antes da esperada reunião da COP28, sublinhou a necessidade urgente de proteger as nossas florestas primárias. Vários tópicos centrais foram abordados entre os alunos e os cinco Guardiões, aprofundando as ramificações da desflorestação nas comunidades, a importância simbólica das florestas e o valor indispensável da sabedoria indígena no combate aos efeitos das alterações climáticas.
Um dos momentos mais marcantes ocorreu quando Benki compartilhou os profundos desafios que as comunidades indígenas brasileiras enfrentam diariamente. Destacou o alarmante desaparecimento das florestas do Brasil, sacrificadas para dar lugar à criação de gado. Esta situação terrível afecta significativamente as suas fontes de alimentação, uma vez que o desaparecimento das florestas leva à seca dos rios, causando consequentemente o esgotamento das populações de peixes.
À medida que enfrentamos os desafios iminentes colocados pelas alterações climáticas e damos ouvidos ao apelo para proteger as nossas florestas, diálogos como este servem como catalisadores poderosos para a sensibilização e a ação.
